Design

O que são protótipo, MVP e POC?

O que são e quando usamos cada um desses conceitos

Published on

March 9, 2022

March 9, 2022

weme

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Quando buscamos definições para essas três belezinhas que dão o título a este texto, encontramos muito clubismo, como se houvesse (até) uma rixa entre os conceitos. Mas na verdade, não há (ou não há porque ter rs). Cada um é cada um e, por vezes, se encontram e se complementam, ao invés de se substituírem. Continue essa leitura para entender o que são: Protótipo, MVP e POC, numa visão wemística da coisa.

No princípio, parecia o caos

Tipo Protótipo

Depois de pesquisar, levantar hipóteses, coletar referências do que já existe, colocar as ideias na mesa e tudo mais, chega o momento de prototipar; é basicamente criar um ou mais modelos de como seria o produto ou serviço em questão. E aqui vale tudo: pode ser desde um desenho no papel mostrando como poderia ser uma interface, até as mais belas telas elaboradas no Figma. Esse protótipo é testado em ambiente controlado, com pessoas cientes dessa fase de teste e não precisa, necessariamente, entregar valor nesse momento.

Gostamos de falar que é como pensar com as mãos.

‍Podemos dividir esses protótipos entre alta e baixa fidelidade: os de baixa são os mais simples, feitos para mostrar os aspectos principais da ideia que será desenvolvida (valendo até desenho no papel). E os de alta fidelidade são aqueles que além de considerarem a UI, ou seja, o visual da coisa, levam em conta também a experiência de quem vai usar, considerando fluxos, interações e tudo mais. 

‍Aqui o usuário tem baixa autonomia para interagir com o artefato. 


Eu, você e o MVP

‍O famoso Minimum Product Viable - ou produto mínimo viável - é um conceito criado para entender (e provavelmente botar na rua) uma ideia, mas sem construir ela totalmente. 

‍Em outras palavras, é como fazer uma amostra do seu produto e, a partir disso, testar se há mercado para isso, se as pessoas gostam, se preferem que seja de outra maneira e assim por diante - testar a proposta de valor.

Isso pode ser feito de maneira aberta, mas também pode ser apenas para beta testers ou insiders, que são as primeiras pessoas a acessar um determinado produto ou serviço e dão os primeiros feedbacks sobre isso. O MVP é essa amostra, esse mínimo que vai apoiar testes e trazer os primeiros resultados que vão indicar, inclusive, o que precisa ser aprimorado, o que dá certo e o que nem tanto.

‍Assim, é possível dar passos com mais firmeza, sem precisar despender de muita energia para criar algo grandioso para lançar de uma vez só. Ou seja, uma beleza! Esse conceito inicia um processo gradativo de evolução que, assim, pode ser planejado e mensurado.  

Nesse caso, o usuário já consegue interagir com o artefato por conta própria.

POC nossa de cada dia

Proof Of Concept, ou prova de conceito, serve justamente para validar o conceito de uma ideia testando a viabilidade técnica da coisa. A Laís Gerólamo, que é UX/UI designer na casa, diz o seguinte: “Geralmente, isso é feito por Desenvolvedores, para checar se algo ‘fica de pé’. Mas na weme, e também no mundo do design em geral, a gente usa como um teste de conceito mesmo, que é prototipar o conceito de uma ideia para coletar feedbacks iniciais. Porém, isso não chega a ser um teste de usabilidade em si, porque é mais macro". Com isso, nessa POC, consideramos mais testar a ideia em si do que sua mecânica, suas configurações, fluxos. O que conta aqui é ver se realmente faz sentido desenvolver essa ideia.  

‍Tudo tem o seu lugar, e o que não tem... não faz parte disso.

Cada um é cada um, mas todos trabalham para o todo

‍Então, podemos definir assim: o protótipo é uma ferramenta de testes. A gente constrói algo para testar em ambiente controlado, sem entregar valor para quem testa, porque é algo mais "fictício", como a Laís mencionou. A POC chega depois, para validar o conceito da ideia que está sendo desenvolvida, através da viabilidade técnica. E o MVP é o mínimo dessa ideia para botar no mundo, que pode e deve entregar valor para quem usa. É aplicado fora de um ambiente de teste, visando que essa pessoa já possa incluir isso em seu dia a dia ou atividade, por exemplo, validando essa entrega de valor.  

‍E a Laís ainda acrescenta dizendo que a POC geralmente é aplicada em protótipo, pois faz mais sentido testar nessa fase onde o conceito ainda é mais idealizado, não está tão sólido. Porém, se for algo bem simples, a POC pode ser feita sobre um MVP sim, para testar o conceito de uma funcionalidade nova, por exemplo. Mas realmente é mais comum usar a POC para fases onde as ideias estão quase prontas para se usar, porém sem funcionar plenamente para ser um MVP. 

‍Vale mencionar também que essa ordem em que os conceitos estão dispostos nesse texto não é necessariamente a ordem que os processos devem acontecer. Mas, quase sempre é assim! 

Se você está numa organização que precisa de uma ajudinha para rodar uma ideia, assista à gravação do weme talks: Do protótipo ao MVP, onde tivemos a participação da weme, Elo e Faber Castell. 

Ou, ainda, conecte-se com a gente :)